2006-08-30

Aljubarrota em S. Bernardo

Fomos visitar a feira de S. Bernardo. deparámos com uma exposição sobre Alcobaça com fotos de todas as freguesias.
A ideia é óptima pois parece que, para além de pretender mostrar os bonitos monumentos que cá temos, pretende chamar a atenção do turismo para os bonitos monumentos que este concelho tem.
talvez por falta de fotos, não conseguimos vislumbrar as do Carvalhal de Aljubarrota que, segundo o Couceiro, tem uma das capelas mais antigas do país e um belo marco religioso.
Também foi dado pouco relevo à feira medieval de Aljubarrota que se pretende atrair cada vez mais visitantes.
Procurei a foto da estátua de D. Nuno e, decerto, procurei mal pois não a consegui encontrar.
O poço medieval da Ataíja de Baixo também não estava lá.
O belo parque de merendas da Cumeira de baixo também não foi referido.
O nosso concelho é rico em monumentos e pontos de atracção turistica e provavelmente não é fácil recordarmos de todos para colocar na exposição.
No entanto, e porque considero que posso dar um modesto contributo para a próxima exposição, aqui ficam as fotos dos monumentos e lugares que referi:

2006-08-29

No intuito de preservar a memória e divulgar a obra do nosso "mestre" João Santos, solicitamos a quem tenha fotos, recortes de jornal ou peças por si criadas o favor de nos contactar.
A nossa intenção é retratar o maior número possivel de peças por ele criadas para podermos fazer uma exposição e elaborar um livro sobre a sua vida e a sua obra.
Trata-se de uma homenagem que devemos ao Homem que tanto fez e tanto deu a esta terra que tanto amou e da qual nunca se quis separar.
poderão contactar através deste blog, do nosso email : luciaduarte_aljub@hotmail.com, na loja "artesanato de Aljubarrota", ou pelo tm 960290541.
Ajudem-nos a perpectuar a memória e a obra de João Santos.
Obrigado!

2006-08-28

ceia medieval 2006

Começa, desde já, por ser estranho que até ao dia da inauguração da feira não tenha existido, em Aljubarrota, nenhuma informação sobre a ceia.

Aparece, muito ao de leve, uma referência a este facto nos panfletos que se encontram em alguns estabelecimentos comerciais da zona, não contendo, no entanto qualquer informação concreta sobre a dita ceia.

Mas, tal como eu referi, o site da radio cister apareceu um outro prospecto que, nas freguesias, ninguém viu:

aqui já nos dão mais informação (mas nem todos têm acesso à net).

Agora sim- a câmara municipal está de parabéns!

Pois é verdade – seguiram á risca o que se passava em 1385:

- o povo era um instrumento de trabalho pois não se podia misturar com os grandes senhores (estamos a falar da nobreza e da burguesia, claro!).

Ao povo competia a tarefa de trabalhar, sempre sem fazer perguntas ou reivindicar algo (até porque os sindicatos e a liberdade de expressão apenas aparecem alguns séculos depois, em 1974).

- o bom repasto era apenas para a burguesia e para a nobreza.

Agora digam lá:- não é o que está a acontecer na ceia medieval? Claro que é!

Só os ricos e poderosos podem gastar 25€ num repasto (por muito bom que ele seja, e não podemos dizer que o não é!) quando se tem uma pensão mensal de 200€.

Então este repasto só pode ser direccionado para 3 classes:

- os nobres – aquela classe que trabalha em redor do rei e senhor e que, como convidados do rei nada têm a pagar

- os burgueses – que vivem de rendas e que podem gastar qualquer valor só para aparecer na corte (isto porque ainda não haviam colunas sociais nos jornais nem revistas cor-de-rosa na época medieval)

- os novos ricos – uma classe que surge na história e que vai proliferando, ao longo dos séculos (sendo a única que perdura até ao sec XXI) e que não se importam de dar 25 € por uma refeição, nem que tenham de ficar o resto do mês com as carteiras vazias.

Mas, até pensei que, com este valor tão elevado para uma simples ceia medieval (onde, se se tentar retractar fielmente a época, até temos de comer com as mãos e limpar a boca á roupa) teríamos o prazer de ver sentado no topo da mesa o descendente do rei de Portugal, D. Duarte Nuno. Pelos vistos não! Mas também não consigo imaginar quem terá a coragem de ocupar este lugar na mesa. Algum figurante, ou algum figurão?

Memórias:

Sabiam em 1984, no XXI festival Rtp da canção, a canção nº 8 era dedicada à padeira de Aljubarrota? Pois é com o titulo “a padeirinha de Aljubarrota”, interpretada pela Banda Trigo, musica de Ana Cid, J.F. Oliveira, J.P. Oliveira e Mário J. Silva, com letra de F. Amaral Gomes e J. Amaral Gomes.

Para os mais saudosos aqui fica a letra da canção:

“A távola redonda não é desta história
se procurares no fundo da tua memória
uma lenda divertida, uma lenda de encantar
uma simples padeirinha tem papel de super star
era linda a padeirinha de aljubarrota
que brincava divertida numa cambalhota
cada um à sua, cada um ao seu.
Mas que batalha campal que aconteceu
foi s. Jorge o padroeiro

Bate, bate padeirinha com o pé no chão
tens um fatinho real na utilização
vão chegar cinco cruzados muito valentões
que te vão dar uma noite cheia de emoções
com d. Nuno álvares pereira nos seus corações
a távola redonda não é desta história
se procurares no fundo da tua memória
uma lenda divertida, uma lenda de encantar
que nos protegeu

uma simples padeirinha tem papel de super star
era música quadrada como aljubarrota
cada riff da guitarra era uma derrota
cada musa do tambor nos moralizava
a atacar o inimigo que já demandava
era a linda Padeirinha que nos ajudava
a távola redonda não é desta história
se procurares no fundo da tua memória
uma lenda divertida, uma lenda de

encantar
uma simples Padeirinha tem papel de super star
era linda a Padeirinha de Aljubarrota
que brincava divertida numa cambalhota
foi s. Jorge o padroeiro que nos protegeu
mais provavelmente a pá que aconteceu
bate, bate Padeirinha com o pé no chão
tens um fatinho real na utilização
vão chegar cinco cruzados muito valentões

que te vão dar uma noite cheia de emoções
era linda a Padeirinha de Aljubarrota
que brincava divertida numa cambalhota”

Escolas primárias

Através de informação recolhida na carta escolar, viemos, com muita satisfação, a perceber que, na freguesia de Prazeres de Aljubarrota iriam ficar 2 centros escolares. É uma belíssima noticia para quem temia o fecho da escola de Aljubarrota – agora podem ficar descansados – esta escola não fecha!

Obras no salão de festas da Igreja de Prazeres

Foram efectuadas obras de recuperação do telhado deste salão, para isso, contribuem os valores apurados pela comissão de festas anterior e pelo apoio da junta de freguesia de Prazeres, na pessoa do seu presidente José Lourenço que, mais uma vez se colocou ao lado da população para ajudar nesta obra da igreja.

É, no entanto, com pesar, que percebemos que grande parte das telhas que se encontram partidas foram-no por actos de vandalismo e/ou por descuido de quem joga à bola no átrio da igreja de Prazeres. É uma pena! É que assim, de nada valem os esforços da população, da junta e da igreja que tentam manter este património em perfeitas condições. Aqui resta-nos avisar toda a população que É PROIBIDO JOGAR À BOLA NO ATRIO DA IGREJA!

Por favor, é do interesse de todos manter esta vila em bom estado de conservação e mais ainda os monumentos e os espaços anexos.

Estalagem do Cruzeiro

Esta parece ser uma luta antiga sem resolução à vista. Mais um verão se vai passar sem que a população de Aljubarrota e as demais gentes do concelho possam usufruir desta estalagem que é património do Estado. Sendo Aljubarrota uma terra histórica, não poderia este edifício com todas as condições que tem , servir para incentivar o turismo e dar trabalho a tanta gente?

Porque havendo uma bela piscina, campo de futebol, belo jardim, etc. não podem os alcobacenses usufruir delas tendo de optar por irem para S. Pedro ou para S. Martinho? E só se ouve o povo perguntar - Bolas, porque é que não se faz nada?

S. João de Aljubarrota

Nos dias 24 e 25 junho a localidade de Olheiros em Aljubarrota realizou a festa anual em honra de S. João Baptista.
convém contar um pouco sobre a história deste santo:

João é filho de Zacarias que, por causa de sua pouca fé, tornou-se mudo, e de Isabel, aquela que era estéril. O nascimento de João Batista anuncia a chegada dos tempos messiânicos, nos quais a esterilidade se tornará fecundidade e o mutismo, exuberância profética.

O evangelho lhe dá o cognome de."Batista", porque ele anuncia um novo rito de ablução (Mt 3,13-17), na qual o batizado não imerge sozinho na água, como nos ritos e nos batismos judaicos, mas recebe a água das mãos de um ministro. João pretendia mostrar assim que o homem não se pode purificar sozinho, mas que toda santidade vem de Deus.

João Batista é também lembrado como um homem de grande mortificação. Talvez tenha ele sido iniciado esta disciplina nas comunidades religiosas do deserto. Mas a tradição lembra, sobretudo seu caráter profético. Ele é profeta por um duplo titulo. Antes de tudo é profeta no sentido em que essa palavra era entendida no Antigo Testamento; aliás, João é o maior dos profetas de Israel, porque pôde apontar o objeto de suas profecias (Mt 11,7-15; Jo 1,19­28). Para realçar essa pertença de João à grande descendência dos profetas do Antigo Testamento, Lucas nos narra seu nascimento, permitindo ver através dele o perfil das grandes vocações dos antigos profetas.

Mas o profeta não é apenas o anunciador do futuro messiânico; é essencialmente o portador da palavra de Deus e a testemunha da presença dessa Palavra criadora no mundo novo.

Ele aponta para os futuros discípulos de Cristo a quem esses deveriam seguir. Mostra o Cordeiro e orienta que o sigam.

Assim, Aljubarrota, mantendo a tradição, todos os anos, realiza a festa em sua homenagem e, este ano, com uma alegria redobrada: a capela em honra deste santo e que esteve, durante muitos anos, a necessitar de obras de restauro (e que só poderiam ser efectuadas com a intervenção e supervisão do Ippar por se tratar de um monumento de interesse nacional - é uma das mais antigas capelas conhecidas em Portugal)estava finalmente restaurada e linda como todos os crentes gostam de ver.

efectivamente, com grande esforço da população, da junta de freguesia de S. Vicente, e de outros organismos estatais, foi possivel ter linda e funcional esta capela.

era bom, no entanto, que, pelo menos uma vez por mês, se celebrasse uma missa em tão linda capela. Aliás, seria uma pena que, esta capela que agora tem toda a segurança e está um primor, servisse apenas para os dias da festa de Junho.

a imagem do santo, da qual já nem se sabe a que data remonta, foi restaurada com muito bom gosto e muito profissionalismo - parabéns ao artista José Silva (mais conhecido por Zé Transito) que efectou o restauro.

os andores que sairam à rua também estavam lindos, muito bem decorados - era um regalo para os nossos olhos.

a decoração floral da capela também fazia denotar a mão de uma artista - foi a "florista Mena".

os arranjos florais foram encomendas feitas por fieis que, durante o ano ,foram fazendo promessas aos santos.

Cães a conspurcar

Continuamos a assistir à falta de civismo de certas pessoas que continuam a abrir as portas aos seus cãezinhos para fazerem as suas necessidades em via pública. Ora é degradante ver que, as duas juntas de freguesia têm o cuidado de tentar manter as ruas e os espaços verdes limpos. Todos os dias as ruas são limpas pelos funcionários das juntas.

Ora parece que o mínimo a esperar é que as pessoas respeitem o trabalho e o esforço destes homens e mulheres não enviando os cães para as ruas para fazerem o que não querem limpar nas suas casas ou quintais. Não me parece muito justo pois não? É que os espaços relvados são óptimos para as crianças brincarem e estas não podem brincar com medo de trazerem presentes indesejáveis agarrados ás suas roupas.

É uma questão de saúde pública e de civismo!

A rotunda de D. Nuno

Oh meus senhores e minhas senhoras, se há coisa que está muito bem sinalizada é a rotunda, quer para quem vem de norte ou de sul – mas será possível que não a vejam e estejam sempre a tentar passar-lhe por cima? Vamos ter mais cautela a conduzir. D. Nuno está lá para nos guardar das invasões castelhanas e não dos condutores descuidados!

Uma nota muito positiva para as juntas de freguesia

Uma nota muito positiva para as juntas de freguesia

Tem sido notório o esforço de ambos os presidentes de junta em preservar a limpeza das freguesias. Dificilmente poderemos dizer o mesmo de outras localidades deste país, mas aqui é assim!

Por isso temos de reconhecer o esforço destas equipas nesse sentido. Talvez seja pena que algumas pessoas não pensem como eu e continuem a deitar lixo para o chão, a não terem cuidado de deixar os sanitários públicos no estado em que o encontraram e outros que continuem a mandar os seus animais fazer as necessidades no meio da rua. Isto já nem é falta de civismo, é mesmo desrespeito pelos que gostam de viver numa vila limpa. Esperamos que, depois de tantas chamadas de atenção, as pessoas comecem a pensar se actuariam da mesma forma dentro das suas casas. Será?

Junta de freguesia de Prazeres

Ao passar pela Boavista apreciei uma situação algo caricata. Recordando que esta é uma localidade dividida em duas freguesias: a de Prazeres e a da Maiorga, fiquei satisfeita por ver que, a parte administrada pela junta de Prazeres se destaca da outra – são ruas limpas, ervas daninhas queimadas e retiradas e uma estrada muito bem pavimentada. Peço desculpa à junta da Maiorga, até porque não se deve meter a foice em seara alheia, mas não seria possível fazer um esforço para não se notar tanto a diferença dentro duma mesma localidade?

Umas dicas para os turistas

As freguesias de Aljubarrota têm diversos motivos de interesse a visitar.

Não podendo descrever todos de uma só vez, vamos indicando o que podem e devem visitar porque é um património que vai contando a nossa história.

Para quem vem de Alcobaça, em direcção a Fátima ou Leiria poderá passar pelo Carvalhal e conhecer a bonita capela que lá se encontra, os lavadouros, a entrada das grutas, etc.

Se estiver numa hora de refeição poderá fazê-lo no parque das merendas de Prazeres que se encontra à beira da estrada nacional 8 com água e sanitários e boas mesas e bancos à sombra de frondosas árvores. Um pouco mais à frente, vai deparar-se com a belíssima estátua dedicada a D. Nuno Álvares Pereira, bem ao centro da rotunda da vila; dentro desta, encontra a fabulosa e lindíssima igreja de Nª de Prazeres e mesmo junto a esta uma agradável jardim (jardim Eugénio dos Santos).

Poderá, ainda visitar o comércio local (que se orgulha de ser, ainda, tradicional) e adquirir lembranças da zona e aproveitar para admirar a janela manuelina que existe na Rua direita. Ao centro da vila poderá encontrar um maravilhoso pelourinho, a torre sineira e a capela do senhor dos Passos. Mais junto à nacional encontram a estátua da padeira.

Seguindo a Rua direita vai de encontro à igreja de S. Vicente que, para além de bonita, também está sempre muito bem cuidada (aliás como as outras que vos indiquei).

Retomando a estrada nacional 8, mas ainda dentro de Aljubarrota encontra o cruzeiro ed S. João e mesmo por detrás deste, umas das capelas mais antigas do país, agora recuperada e de uma beleza natural indescritível – a capela de S. João.

Se, entretanto, já estiverem cansados, com fome e coma as crianças a precisar de descarregar energias, parem no parque de merendas da Cumeira de Baixo que é um local reconfortante. Parque de diversões para crianças, lavadouro recuperado, água fresquinha, mesas e cadeiras sombreadas pelas árvores e ladeadas por bonitas plantas, sanitários (sempre bem limpinhos) e até um parque para estacionar a viatura.

Como podem ver, temos muitos motivos para nos orgulhar e recomendar Aljubarrota. Não acham?

Aljubarrota de novo de luto

Neste pequeno paraíso que são as nossas duas freguesias, temos assistido, com muito pesar, à partida de vários filhos e filhas da terra, que, de um modo ou de outro, tanto foram fazendo em prol da nossa pequena comunidade.

Todos nos deixam saudades e um vazio enorme mas fica a certeza que Deus os chamou para serem felizes junto Dele.

Também bem próximo de Aljubarrota viveu o Grande Artista João Santos, o “ti João”, como eu lhe costumava chamar.

Foi um homem que nunca se negou sempre que o chamavam para eventos culturais, onde ele sentisse que podia ser útil. Assim foi na Lameira, no Carvalhal de Aljubarrota e nos festejos da batalha de Aljubarrota em 2005.

Infelizmente, não podemos contar com a sua presença física nas comemorações do 14 de Agosto de 2006, mas, temos a certeza que, lá no Alto, onde ele estiver nos vai dando forças para não desistirmos da arte.

Infelizmente nem as juntas de freguesia, nem a câmara municipal se lembraram de colocar numa barraca uma homenagem a este Homem que tanto deu ao concelho. Mas ele não ficou esquecido! na barraca da olaria da JMF, dois amigos recordaram-no com ternura - afinal, ele esteve lá!

As suas obras, essas perdurarão para sempre e a elas vai ficar ligado aquele grande coração e o ar brincalhão que o caracterizavam.

Acho que era assim que ele gostaria que o recordássemos – pela sua dedicação e amor à arte!

Outra figura esquecida (não é de admirar pois ainda em vida já era ignorada por muitos!) foi o Dr. José Casimiro, historiador, amante e defensor de Aljubarrota e sobrinho do saudoso padre Casimiro.

Muito deu, este Homem, a Aljubarrota que depressa o esqueceu - mas a vida é assim, e a ingratidão humana também!

Mas as vossas obras e o vosso sorriso perdurarão no meu coração e sempre que estiver ao meu alcance, tudo farei para que não sejam esquecidos!

presença do artesanato de Aljubarrota

na impossibilidade de fazer parte do evento, a loja de lembranças de Aljubarrota esteve de portas abertas, desde a abertura até ao fecho da feira medieval.
situada na Rua direita (a 100m do pelourinho) colocava à disposição dos visitantes a hipótese de levarem uma recordação da terra; santos, padeiras, bordados, quadros, tijolos, etc.
aqui ficam as fotos:

o comercio medieval

Inauguração do posto de atendimento dos Ctt em Aljubarrota 20 Maio 2008

Homenagem a Luis da Graça

Inauguração da estátua do cabouqueiro