2007-02-06

Irregularidades na Associação da Lameira

Depois da inércia da Associação Recreativa da Lameira, de que temos vindo a falar nos números anteriores, esta associação não pára de nos surpreender, pela negativa.
Talvez seja horas de pedirmos explicações às direcções desta colectividade pelas atitudes e decisões tomadas à revelia dos sócios.
E talvez não seja demais recordar que parte dos nossos impostos também vão para esta colectividade quando, por exemplo, recebem apoios quer da câmara, quer da junta. Podem nem ser apoios a nível monetários, mas são apoios em materiais de construção que saíram do erário público para beneficiar uma colectividade que não produz cultura ou desporto em nenhuma das suas vertentes.
Como se já não bastasse terem um bar aberto isento de determinados impostos, o aluguer do salão para casamentos e baptizados, etc, ainda se têm atitudes que, no mínimo contrariam as leis das colectividades em geral e os estatutos desta,m em particular.
Esta colectividade nasceu há mais de 30 anos, num barracão do “António da Quinita”.
Juntou-se um grupo de homens e mulheres que, arregaçando as mangas, decidiram erguer a sede da associação num terreno que um benemérito da terra ofereceu para o efeito.
Foram dias difíceis, desde o arranjar verbas para comprar o material, carregar ferro, pedra, cimento e tijolo e meter, literalmente, “a mão na massa” para ver crescer esta colectividade.
De entre estes homens, há um, em particular, de que vos quero falar hoje: O José Cordeiro.
Depois de tanto ter dado para a colectividade, esteve, também, na maioria das direcções, tentando manter viva e funcional a colectividade. Tem dado muito do seu tempo e esforço a esta causa, provavelmente, em detrimento de outras coisas que, na vida, foi deixando para trás para se dedicar a “esta criança que ajudou a nascer e a crescer”.
Mas não é para lhe prestar uma homenagem (embora fosse justa, não só para ele, mas também para os que tanto têm dado de tempo e esforço) mas para mostrar o quanto ingrato é o ser humano.
De repente, este homem, viu-se “riscado de sócio” (recorde-se que é um dos sócios fundadores), sem aviso prévio e sem ter contribuído, de qualquer forma para esta situação.
Talvez as pessoas não saibam mas, para se tirar alguém de sócio, de qualquer colectividade, tem de haver um comportamento, de tal forma doloso, que implique um processo disciplinar e uma assembleia-geral onde, os sócios, decidiriam o futuro do sócio na colectividade.
Ora, nada disto se passou! Não houve qualquer desavença, o homem sempre teve as quotas em dia e nem teria sabido de tal aberração se não são 2 outros sócios que o alertam, por terem estranhado ele não fazer parte das pessoas a convidar para a festa dos solteiros e casados.
Ora meus senhores, compraram a colectividade e ela passou a ser particular? – nesse caso não têm direito a apoios da autarquia e teriam de avisar da extinção da colectividade com os estatutos que lhe conhecemos.
Não tendo comprado a colectividade, pergunto eu:
• a direcção que afastou compulsivamente (e sem o seu conhecimento) este sócio, alguma vez leu os estatutos da mesma?
• Tem alguma razão lógica e racional para ter tomado tal atitude?
• Porque não procedeu como determina a lei que rege as colectividades, ou seja, arranjar o motivo, abrir um processo disciplinar e convocar uma assembleia para discutir o assunto?
• Porque não enviou uma carta registada ao sócio a participar-lhe a situação?
• E porque razão, nem soube o que responder, quando, interpelado pelo aludido sócio noo monento que este se dirigiu ao presidente da colectividade com a intenção de ser esclarecido?
Meus senhores, eu nem sequer quero acreditar que, a vossa incompetência e desapego seja deste tamanho! Nessa colectividade, faz-se qualquer coisa sem pensar nas consequências? Não há método de trabalho (epá, desculpem, esqueci-me: nem sequer há trabalho!...)?
Vamos esclarecer o assunto? Vamos elucidar os sócios (e já agora os nossos leitores) da razão das vossas atitudes inconsequentes?
Ficamos todos à espera de uma resposta!

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