2007-12-03

IMPORTANTE

Foi convocada pelos membros do grupo A.T.A.C. (Amigos da Terra por Amor à Camisola), todos eles residentes nas freguesias de Prazeres e S. Vicente de Aljubarrota, a seguinte MANIFESTAÇÃO:

Vai realizar-se no próximo dia 7/12/2007 (sexta-feira) pelas 18h30m uma manifestação de Automóveis em Marcha Lenta.

Esta manifestação juntar-se-á no largo do campo de futebol de S. Vicente de Aljubarrota, que fica em frente à pastelaria “PADEIRINHA”.

O início é às 18h30m de onde seguirá em marcha lenta de automóveis em direcção aos Paços do Concelho, onde seremos recebidos pelo nosso presidente de Câmara, Dr. Gonçalves Sapinho, pelo presidente da ADEPA (Associação ambiental) e pelo engenheiro do ambiente Valdemar Rodrigues.

Nesta data e à mesma hora (18h30m) sairá outra concentração do Restaurante “O ALCIDES” (termo de Évora) conhecido também como Moleanos de Évora, junto ao IC2, freguesia de Évora em frente à recauchutagem do sr Manuel Paulino.

Seguirá pelo IC2 e vira em Casais de Sta Teresa, seguindo pelo Vale Vazão, Mogo, Olheiros, Aljubarrota, em direcção á Câmara Municipal de Alcobaça.

Esta manifestação será de todas as freguesias atingidas e da população do concelho de Alcobaça em geral.

VAMOS MOSTRAR DE NOVO A NOSSA FORÇA E REPÚDIO CONTRA A TENTATIVA DE PASSAGEM DO TGV NO CONCELHO DE ALCOBAÇA.

Vamos defender o nosso meio ambiente, o nosso património arqueológico e histórico, as nossas habitações, a nossa paz, a nossa qualidade de vida e as nossas gentes…

Não fique em casa, junte-se a nós nesta luta que também é sua.

Se não tem veiculo, vá no do vizinho, venha no nosso ou fale com o seu presidente de junta.

Todos juntos arranjaremos meio de transporte para todos.

Contactos das juntas:

Èvora: 262509418

Prazeres: 262507113

S. Vicente: 262507300

ACORDEM E LUTEM CONTRA A PASSAGEM DO TGV POR ALCOBAÇA -BATALHA DE ALJUBARROTA 2007/2008

Há momentos em que eu adorava ser um belo sino de igreja. Sabem porquê? Para tocar até cansar e acordar as gentes de Alcobaça.

Será que estão todos egoistamente a pensar nas suas vidinhas, nas telenovelas e no futebol que não abrem os olhos para o que, de facto, é importante para preservar o nosso passado deixando-o intacto para o futuro?

Já se deram ao trabalho de pensar que o TGV só vai servir os grandes interesses económicos e não as populações?

E já pensaram porque é que Portugal passa a vida a curvar-se aos interesses de Espanha?

E porque é, de cada vez que há uma questão importante para resolver, em Alcobaça, se arranjar logo uma feira, uma festa, ou qualquer outro evento para desviar as atenções dos que vão ser lesados?

ACORDEM!

Estão a ser seriamente comprometidos os nossos bens históricos, patrimoniais e sentimentais.

Estamos a comprometer o futuro dos nossos filhos e dos nossos netos.

ACORDEM!

Podem vir a acordar tarde demais! Juntem-se a todos nós numa luta pela preservação da nossa qualidade de vida!

Não se deixem enganar por aqueles que, de nós, só querem os impostos e os votos!

Esqueçam as bandeiras politicas, levantem-se dos sofás, deixem as pantufas em casa e venham lutar connosco, até porque, de um momento para o outro, podem ficar sem a casinha onde, hoje, estão serenamente à lareira a ver as telenovelas.

BOLAS, ACORDEM!!!!!!!

2007-11-14

TGV – POR FAVOR NÃO ADORMEÇAM OUTRA VEZ!


Foi com enorme desagrado que a população de Aljubarrota recebeu a informação sobre os possíveis traçados do TGV por terras de Alcobaça.


Mais surpresos ficaram, ainda, quando perceberam que a CMA já sabia de tudo há muitos anos e que, numa posição ditatorial bateu com a porta à RAVE e não quis negociações.


E isto não ficou por aqui! Os presidentes de junta alegam falta de informação por parte da câmara.


E a CMA bateu com a porta, não perguntou mais nada, não avisou ninguém e, para cúmulo, em Agosto, o presidente da câmara, foi descansado para férias, mesmo estando a iniciar-se a consulta pública sobre o tgv por estas terras.


Aljubarrota é um conjunto de duas freguesias de gente muito trabalhadora e pacata mas “tem sangue de padeira na guelra!”.


Esta gente não gosta de ser enganada, não gosta que lhe venham tirar o que lhes custou a ganhar e, decerto, também não gostaram de saber que o sr Sapinho tudo fez para esconder ou omitir informações aos que lhe pagam o ordenado, ajudas de custo, subsídios, viagens, motorista particular, etc.


Abram os olhos! Vamos colocar as nossas freguesias à venda aos espanhóis? O tgv não serve os nossos interesses, não traz melhorias nem na economia, nem no turismo da nossa vila e, agora, alguns, que tanto apregoam uma determinada maneira de pensar, num passado recente, tudo fizeram para vos esconder a verdade.



No entanto, um grupo de habitantes de Aljubarrota, (a saber Francisco Vicente, João Trindade, Marília Russo, Jorge Alves e Noémia Rodrigues) fez o papel que deveria ter cabido aos autarcas : promoveram sessões de esclarecimento nos Moleanos e na Ataija de Cima; passaram noitadas a angariar documentos para a agência do ambiente; fizeram pesquisas, contactaram porta-a-porta os habitantes das localidades das freguesias; convidaram os presidentes de junta a participar nas sessões de esclarecimento (também o fizeram à câmara municipal, que, mais uma vez “se borrifou” e não compareceu) distribuíram panfletos, andaram com uma aparelhagem em carro particular (com todos os custos por sua conta) a anunciar as sessões, etc.



E sabem o mais estranho? Estas pessoas não são políticos! Não os move mais do que o amor à nossa terra e é o sentimento de cidadania que os move – Ah, Grande gente de Aljubarrota!



Vamos lá gente da histórica terra da padeira – abram os olhos e lutem por aquilo que é vosso! Esta é a batalha de Aljubarrota deste século!

CARTA ABERTA AO DIRECTOR DO JORNAL ALCOA



Data: 13 Novembro 2007

Exmo. Sr. Director, Dr. Vazão,

Lamento profundamente ter de enviar esta carta através da qual lhe comunico a minha decisão de deixar de se colaboradora, A TÍTULO GRACIOSO, do jornal “O Alcoa”.
Não deixa de ser com mágoa que o faço mas parece começar a ser uma aposta perdida.
Eram, de facto, vários os projectos de modernização para este nosso jornal que me moviam e o José Eduardo, a Paula, a Rosário e o Chico foram pessoas com quem adorei trabalhar.
Lamento que pressões exteriores, do poder político de Alcobaça, o tenham forçado a tomar a atitude de cortar, atitude que mais parece censura, um artigo meu, sem sequer me comunicar o facto.
Não é uma questão de teimosia, é uma questão de brio e de profissionalismo da minha parte.
Tive sempre o cuidado de ouvir todas as partes antes de publicar qualquer noticia e tenho pena que este tipo de atitude não tenha sido tomada em relação a mim. Recordo-lhe que só me comunicou o facto uma semana depois do artigo ter ido, já censurado, para a gráfica.
Devo dizer-lhe que considerei este acto um atentado à liberdade de expressão e um desrespeito, quer pela minha pessoa, quer pelo trabalho e dedicação que votei a essa casa, desde o dia em que aí entrei.
Assim, e porque o meu sentido de responsabilidade a isso me obriga, irei entregar as matérias que tenho em mãos ao meu colega Jero e, se vossa Ex.ª quiser publicar, agradeço.
Solicito, no entanto que, se houver necessidade de alguma alteração a qualquer um dos artigos o facto me seja comunicado, com a devida antecedência para que me seja permitido tomar a decisão se o deixo publicar sob a minha assinatura, ou não.
Volto a referir que é com desilusão e com mágoa que me vejo forçada a deixar esta casa mas o dever de lealdade para com um dos meus ideais mais profundos (o da liberdade de pensamento e expressão) assim me obrigaram.
Cordialmente
Lúcia Duarte

2007-11-01

POR UMA JUSTA LUTA: LEIAM!

meus caros amigosos espaços dedicados aos comentários às nossas postagens têm, como sabem, um limite de caracteres.recebi de uma das novas padeiras de Aljubarrota anti-tgv o comentários que ela quis inserir na minha postagem sobre o tgv.Acho demais importante para, egoistamente, deixar só para mim, até porque acho que certas pessoas andam tão adormecidas como andou a nossa câmara municipal ,durante 2 anos, em relação a um assunto que afecta TODO O CONCELHO.Assim, é com muito gosto que vos transcrevo na integra o email desta nossa colega de luta:
Sou membro do movimento Anti-TGV. Estou na luta de corpo e alma. Fiquei de alguma forma satisfeita com as Sessões efectuadas nos Moleanos e Ataíja de Cima. De alguma forma “satisfeita” mas, no fundo da minha alma estou triste e magoada. Trabalhamos tanto, dias houve, que nos deitamos de madrugada . Fins de semana que nem os “senti”. Tem saído tanto dinheiro dos nossos bolsos. Qual não é o meu espanto que quando chego aos locais das reuniões, verifico que ainda poderiam lá estar mais pessoas. Verifico ainda que as pessoas que ficam "coladas" ao TGV (se este por cá passar), não saíram das suas poltronas, e, se o fazem, fazem-no apenas para o café, com toda a certeza para se actualizarem nas “cusquices” da vida alheia. Estes “acomodados poltronais”não perceberam ainda que quem poderá “ser apanhado” pelo traçado, “apanhado”, aqui significa demolição, até é um (a) “sortudo(a)”, pois vai embora para outro lugar, (recebendo o seu valor), lugar que ele mesmo irá escolher e livrar-se-á definitivamente desta “aberração TGV”. Quem fica próximo do TGV, é que se vai “lixar” palavra adequada a este momento. O “vizinho” do TGV (o que fica colado ou próximo) vai perder o seu bem. Leu bem, vai perde-lo, sim, mas de uma forma diferente. Eu explico o bem vai começar a desvalorizar. Um dia o “indivíduo poltronal”, vai perceber na pele, ou melhor no corpo, pois além dos problemas de saúde já que como todos sabemos este comboio rápido é eléctrico e de Muita Alta Tensão. Como vem sendo hábito, diariamente vimos e ouvimos falar de problemas cancerígenos, consequência de Alta Tensão e antenas de telemóveis. Como tenho andado a falar para o “boneco” torno a repetir TGV é igual a Muita Alta Tensão, isto é bem pior, do que temos lido e ouvido. Falando agora de poluição sonora e vibratória. O TGV é de 300 k/h, (o sossego a paz por estes lados acaba). Como muitas destas casas foram construídas em banda, vão começar a desmoronar aos poucos, as mais recentes já são construídas por pilares, mas estes ditos pilares não foram inseridos nelas pensando na trepidação dos solos, já que nesta altura ninguém ouvia falar em TGV (pelos menos a maioria dos “habitantes” das aldeias em questão),o resto são outros “500”,eu já nem falo de “alguma má construção”, segundo o queixume de alguns habitantes. Quando “os adormecidos acordarem” quererão vender as suas habitações e qual não será o seu espanto ninguém as compra. Ninguém quer ir para aqueles locais. Descobrem então estes “adormecidos” que por muito valor que as habitações pudessem ter, passam a valer 0 ou quase isso. Não podem vender para ir comprar para outro lado. Não conseguem realizar dinheiro. Viverão ali continuamente sem condições e será só nessa altura que perceberão que alguém os quis defender e que eles fizeram tal qual “a história da Cigarra e Formiga”, senão acordaram mesmo assim poderão fazê-lo quando lhes aparecer na porta uma rectro-escavadora que lhes dirá “truz truz, cheguei...” e zás, a máquina empurra a tão falada poltrona ou sofá, como lhe queiram chamar” Ah! Diz o cidadão de “cú no chão”. Pestaneja um bocado e diz cheio de vergonha para si mesmo, “ai que aqueles desgraçados que andaram a dar a cara e o corpo na luta contra o TGV, tinham razão, sorte de quem foi, azar de quem ficou. Ai que eu fui um mal agradecido, o provérbio “Deus dá nozes a quem não tem dentes” tem razão de existir.Tirando o espanto de quem não fez “népia”, lembro ainda do desbaste do nosso ex-libris ambiental, lá se irão manchas de carvalhais, (que tanto prezo) e ainda tantas outras, lá chega a poluição ao maior lençol freático da Europa, que coincidência é o nosso. Não esqueçam que os nossos solos são de uma infiltração máxima, isto é em 3 tempos a poluição chega á agua.Por acaso alguém lembra que a próxima guerra mundial poderá ser pelo factor “água?. Por favor respeitem a nossa. Tenho vontade de vos deixar aqui a carta sobre a água.Porque não respeitam a nossa fauna e flora, o nosso património arqueológico de valor infindável. Não respeitam não, além do que lhe fazem pessoalmente, é o que vão permitir que o TGV lhes faça. Vocês que nada fazem terão esse peso na v/ consciência. A propósito disso, têm consciência, sabem o que é, ou será que é algo descartável?Por acaso alguém lembra que depois vai ter de dar a volta ao “bilhar grande”, gastar mais combustível, e tempo para ir onde quiser.
Pois é! A mobilidade será afectada.
Pensam na desertificação?
Ninguém vai querer morar para a proximidade do monstro TGV. Pensaram nos prédios rústicos que ficarão divididos? Na divisão de famílias e amigos? Imaginam o que é viver na terra de ninguém, que é a zona que fica entre o TGV e a Serra dos Candeeiros? Pois é! Na terra de ninguém, o valor das habitações e prédios ficará abaixo do que deveria. Passará a ser uma zona esquecida. Ah pois, se as pessoas se queixam que a Câmara não vos liga, poderá depois ficar senil e ficarão definitivamente no esquecimento dos “Deuses Tgvinianos”Alguém disse no domingo que eu estava na luta pela minha casa, também é verdade, mas neste momento estou muito mais pela casa de quem fica.
Deixo aqui uma pergunta, ao indivíduo dos Casais de Sta. Teresa que esteve nos Moleanos, e me acusou de estar nesta luta porque a minha casa poderá ser “abatida” segundo informações que ele obteve (já que não me conhece)obtidas de uma fonte que presumo “miserável, egoísta, sem escrúpulos e acobardado, para não dizer outros nomes” pois os cobarde falam nas nossas costas. Não me importo que falem nas costas é sinal que estou na frente, e incomodo.
Não sou feita daquela “matéria dos cãezinhos” que se usavam nos carros que diziam sim a tudo. Segundo também tenho aprendido, “os outros são o nosso espelho” e pelos vistos o que o “outro viu e o senhor como absorvedor do que não presta” transmitiu, é a v/maneira de estar na vida. Tirando este aparte presumo e quero acreditar que este Senhor, já que tem 2 casas em risco, tem estado a trabalhar o dobro de mim, pois eu infelizmente sou pobre e só tenho uma. Ainda bem. Pois eu tenho trabalhado muito, mas muito mesmo. Presumo que também esteja cansado. Bem se assim for, estamos a fazer um bom trabalho.
Pior é se é daqueles que fala fala, critica e não faz nada, essas pessoas têm um nome.... que eu não quero dizer....Voltando ao que interessa (já que não temos de dar valor ao que não presta e o meu estômago não se alimenta destas coisas),como disse no início um dos traçados passará por cima da m/ habitação, se assim for eu irei embora. Traduzindo de novo, ficarei “livre”, mas também se for outro qualquer dos traçados, já não irei, terei de ficar, e a levar com todo o que não quero, por v/ causa que não nos deram a v/ presença.
A presença basta, não pagam nada nem fazem nada, é só comparecer. Não têm de falar á frente de ninguém (pois por trás é muito mais fácil).Pobres gentes...que estão a ter ajuda para vossa defesa e não aproveitam. Tantas pessoas que nos pedem para lutar. A v/ ausência está a “tentar diminuir” a nossa força. Também queremos a v/poltrona asofazada”.Acordem pessoal "infeliz e inerte". Quando acordarem pode ser tarde e como boa gente que nada faz irão acusar aqueles que se fartaram de trabalhar, e que bem puxaram por vocês gentes "acomodadas", de não fazerem nada. Pobres gentes, que estão a ter a hipótese de se defenderem, basta aparecerem nos locais, para mostrarem que estão connosco. Nós que estamos no terreno, só precisamos disso, da v/presença.O v/ umbigo não é tão bonito assim.ACORDEMMMMMMMMMMMM gente ACOMODADA!!!!!!!!!
Lutem pelo que é vosso, lutem pela dignidade a que têm direito!
Aproveitem-nos. A cada dia que sentimos a v/ ausência, estão a mostrar-nos falta de respeito para convosco, pela localidade que vivem e pior ainda FALTA DE RESPEITO, por quem anda no terreno, a lutar por todos, falta de respeito pelo resto das outras gentes e da nossa história.
Estes membros, abdicam do seu descanso, do seu lazer e das suas economias para estarem na luta.Gentes ENVERGONHEM-SE, por MAGOAREM quem está em campo para se defender, para vos defender e defender estes lugares excelentes. Sintam VERGONHA E MEXAM-SE. Estou magoada com todos aqueles que souberam das reuniões e não compareceram, sabendo eu que estavam informados. Tenho vontade de ir a v/ casas e dizer-vos isso olhos nos olhos, ou tentar marcar uma reunião, onde diga o que me vai na alma em frente das pessoas que lutam pelos valores que acreditam..Aproveito também para dizer que sinto a falta de outros Alcobacenses.AJUDEM-NOS , com a v/ presença na nossa luta

2007-10-31

DECLARAÇÃO DO EXMO GENERAL TOINO À GLORIOSA REGIÃO DOS MOLEANOS

meus amigos, não resisti a uma postagem que encontrei num blog amigo, da nossa região.
è por isso e porque acho que é importante tomar em linha de conta a opinião de um "importante general" do nosso concelho, que vos deixo a sua missiva:

MOLIANEIROS,MOLIANEIRAS, E OPERADORES DE CHARRUA, É POR ESTE MEIO QUE VOS VENHO COMUNICAR QUE TEMPOS DIFICEIS SE AVIZINHAM PARA A GLORIOSA REGIÃO MOLEANENSE.

COM A POSSIBILIDADE DA PASSAGEM DO TGV PELOS NOSSOS ILUSTRES TERRENOS E A CHUVINHA QUE TEIMA EM NÃO CAIR PARA QUE AS NABIÇAS DESABROCHEM E ASSIM SEJA POSSIVEL FAZER A SOPINHA QUE IMPEDE A PRISÃO DE VENTRE, CHEGA-SE À CONCLUSÃO QUE SÃO NOUTROS SÍTIOS, COM MAIS CADEIRAS E MENOS TERRA, QUE CRESCEM AS CABEÇAS DE NABO.

ESPECIALISTAS FRANCESES VIERAM AOS MOLEANOS PARA VERIFICAR O POTENCIAL TROÇO ONDE PASSARIA O TGV, E O POVO MOLEANENSE, NUMA TENTATIVA DE MOSTRAR QUE NÃO SERIA BOM TAL TRAJECTO, CONSTRUIU NO PASSADO FIM DE SEMANA A LINHA E UMAS CARRUAGENS PARA QUE ESSES MESMOS ESPECIALISTAS PUDESSEM TESTAR A VIABILIDADE DO PROJECTO.

INFELIZMENTE, OS NOSSOS PERITOS AFINARAM DEMASIADO O RAIO DAS CARRUAGENS, E ESTAS, EM VEZ DE DAREM 20 KMS/H, COMO ESTARIA PREVISTO, DERAM 574 KMS/H, INCLUINDO DESTA FORMA UM NOVO CONCEITO NO VOCABULÁRIO FERROVIÁRIA, SURGE O CQATDQABAC - COMBOIO QUE ANDA TÃO DEPRESSA QUE ATÉ BORRA AS CUECAS.

CONTUDO, SE NÃO DESISTIREM DA IDEIA, DE PASSAR A LINHA DE TGV PELAS NOSSAS ASNAGAS, ONDE OS PÉS DE FEIJÃO CRESCEM A OLHOS VISTOS E ONDE AINDA É POSSIVEL ARRANHAR AS NÁDEGAS NAS ORTIGAS QUANDO SE ESTÁ A "OBRAR", COISA QUE EM CERTOS LOCAIS JÁ NÃO ACONTECE, SABOTAREMOS A LINHA DE TODAS AS FORMAS POSSIVEIS, DESDE PLANTAÇÕES DE FORQUILHAS A COLECÇÃO DE PIONÉS NOS CARRIS.

DESTA FORMA ME DESPEÇO, INCITANDO À LUTA A FAVOR DA PRESERVAÇÃO DOS NOSSOS PÉS DE FEIJÃO E DA PROLIFERAÇÃO DE ORTIGAS

aSS: GENERAL TOINO

2007-10-30

TGV – ESTA LUTA É DE TODOS – Vamos mostrar a força dos alcobacenses!

Com a passagem do Tgv a ameaçar separar e destruir parte das nossas freguesias, pondo em causa, não só os bens que, suadamente conseguimos e sobre os quais pagamos pesados impostos mas também a nossa saúde física e mental, conseguiu-se, finalmente, acordar o povo de Alcobaça.

Mostrando que está farto de ser um dos parentes pobres da sociedade portuguesa e já tendo permitido demasiados disparates que por cá foram sendo feitos em nome do progresso, o povo alcobacense mostra-se agora, atento e firme na decisão de não deixar passar por cá, a oeste da serra dos Candeeiros um comboio de alta velocidade.

Assim, apareceu, na Benedita, um grupo de pessoas que, amando a sua terra e, após um esclarecimento sobre o assunto por parte da junta de freguesia da Benedita, arregaçou as mangas e criou o movimento anti-tgv.

Mas porque não é só a Benedita a zona afectada pelo enganoso”progresso” e porque Aljubarrota já é famosa pela sua batalha apareceu, também, nestas freguesias, um grupo de padeiras e D. Nunos que, apoiados, incondicionalmente, pelos seus presidentes de junta, arregaçaram as mangas e decidiram, não só juntar-se ao movimento criado na Benedita mas, também, realizar sessões de esclarecimento à população.

E assim foi, no dia 28 de Outubro começaram estas sessões nos Moleanos e em Ataíja de Cima.

Tivemos a agradável presença dos presidentes de Benedita, S. Vicente de Aljubarrota, Évora de Alcobaça, Prazeres de Aljubarrota e Turquel, de um representante da EDAPA e de um dos elementos do movimento anti-tgv e de uma população que aderiu em massa, mostrando sede de esclarecimento.

Mas, mais importante que qualquer coisa que possamos dizer sobre o assunto, são as palavras dos próprios mas, o que nós Alcoa, não conseguimos reproduzir, em palavras, os sentimentos que vimos nos olhos destes homens e mulheres.

Podemos, no entanto, garantir que, temos junto de nós e na linha da frente, autarcas que dizem com vigor: “NÓS NÃO VAMOS VENDER AS NOSSAS FREGUESIAS EM NOME DE UM PROGRESSO QUE SÓ SERVA ESPANHA E LESA OS QUE NOS ELEGERAM!”:

José Lourenço (presidente da junta de freguesia de Prazeres de Aljubarrota):

“A minha junta apoia o movimento anti – tgv

Não concordamos com qualquer traçado Lisboa – Porto. Tentando “dar-nos a volta” a RAVE decidiu receber os presidentes de junta, não em conjunto, mas em separado, cabendo o dia 2, pelas 10h, a reunião onde serei recebido junto com os meus colegas de S. Vicente e de Évora de Alcobaça. Prevê-se que a linha escolhida seja a linha da escola.

Este projecto e uma tragedia. FACAM/SE OBRAS NAS LINHAS DO Norte e do oeste!”

Numa atitude lúcida e coerente, José Lourenço, embora o traçado previsto seja o menos desfavorável à sua freguesia, diz “NÃO”.

Joaquim Pego (presidente da junta de freguesia de Évora de Alcobaça):

”Sou totalmente contra a passagem do tgv e da linha Lisboa – Porto. No entanto, sou a favor da ligação Portugal – Espanha.

Quero alertar-vos para o facto de as indemnizações virem a ser cerca de 1/3 do valor real das propriedades e somente abrangendo a metragem correspondente a 40 m de corredor e 25m para cada lado correspondendo à medida de segurança.”

Amílcar Raimundo (presidente da junta de freguesia de S. Vicente de Aljubarrota):

“Eu ando extremamente desassossegado!

Todos nós somos do movimento anti – tgv.
Todos juntos vamos conseguir agarrar este monstro e travá-lo à entrada da Benedita e, nessa altura, queremos o apoio de todo o povo!

E que não lavem as mãos os que pensam não vir a ser afectados nas suas casas – lembrem-se que, quando há fogo no quintal do vizinho, ele pode passar para o nosso! Metade dos Casais de Sta Teresa vão abaixo e tudo isto vai causar danos, não só físicos, mas também psicológicos em toda a população.

E lembrem-se que temos de ser solidários. Hoje, ainda nem sabemos qual é o quintal do vizinho que vai arder!”

Maria José (presidente da junta de freguesia da Benedita):

“Qualquer dos traçados corta a Benedita ao meio e passa direito ao futuro centro empresarial da Benedita.

Já sofremos muito com todas as obras que nos têm sido impostas mas esta, nós não vamos deixar passar!

Não consigo entender a razão pela qual foi abandonado o traçado do estudo inicial / a este da serra dos candeeiros.”

Carlos Mendonça (representante da ADEPA):

“O assunto está em aberto e, todos juntos, temos capacidade para impedir esta catástrofe.

O nosso património histórico, arqueológico e arquitectónico, a fauna e a flora estão em causa: falamos de Chiqueda, Olheiros, Carvalhal, Ataíja, etc.

Estamos solidários com a população que esta contra a passagem do tgv. Estranhamos que, embora o estudo de impacto ambiental foque todos os pontos afectados, a rave mantenha estes traçados.

Temos de vos dizer que o tgv vai atingir em cheio o vale e um núcleo de grutas de interesse arqueológico, não só nacional como internacional

Bruno (movimento anti – tgv):

“Este movimento nasceu da necessidade de travar algo que vai comprometer o passado, o presente e o futuro da nossa freguesia. Agora somos mais: somos 5 freguesias a não querer o tgv a passar nas nossas terras.

As pessoas têm de saber os problemas que vão advir das ondas electromagnéticas (problemas cancerígenos), as consequências do efeito de ruído, a mobilidade que fica posta em causa, o problema da irregularidade dos subsolos (temos de recordar que os nossos subsolos parecem um queijo suíço) e que a trepidação provocada pela passagem deste meio de transporte de alta velocidade vai afectar, muito em especial as casas que ficarem perto e que não estarão contempladas com as demolições, o fim de determinadas espécies animais e vegetais, únicas no nosso concelho, etc.

O povo tem muita força para travar isto! A interrupção do Ic2 por 4 horas e da assembleia de câmara foram um exemplo do que estamos dispostos a fazer!

Nós vamos ganhar esta luta porque a razão está do nosso lado!

José Diogo (presidente da junta de freguesia de Turquel):

(desculpem a colherada mas a emoção e a força deste homem foram, de facto, a viva voz de um verdadeiro homem do povo, sem papas na língua e com muita garra!).

“Fala-se disto desde 2003 e os presidentes de junta nunca foram ouvidos!

A CMA não deu satisfações!

Das 11 câmaras envolvidas, a de Alcobaça, agora diz que não, e nisso eu estou solidário com ela, mas… continua a faltar informação.

Eu não vou a RAVE vender a minha freguesia!

E a primeira vez que os presidentes de junta estão unidos mas a vitoria nesta luta só se consegue com a união e a luta do povo.

Temos de mostrar ao governo que nos não estamos a venda!

Desta vez tem de ser diferente! o povo já deveria ter tido reacção em relação a outros assuntos e manteve se calado

Isto e um atentado e um crime contra o concelho como nunca vi antes!

E altura de dizer ao município de Alcobaça que tem de fazer alguma coisa, já que tem andado a dormir!

Eu não me interessam partidos o que eu fiz foi um juramento a bandeira nacional e tenho de trabalhar e dar a cara por e para quem me elegeu!

Temos de dizer claro que tudo isto e uma invasão de propriedade privada e um desrespeito por todos nos!

Nos os presidentes de junta não temos andado a dormir.

Chamem/me atrasado, se quiserem, por ser anti/tgv mas eu tenho problemas mais importantes para resolver na minha freguesia!”

Lúcia Duarte

2007-10-26

SESSÕES DE ESCLARECIMENTO SOBRE OS TRAÇADOS DOS TGV POR ALCOBAÇA

meus amigosDomingo, dia 28, no salão paroquial dos Moleanos, vai haver uma sessão de esclarecimento sobre os beneficios e os prejuizos da passagem do tgv por Alcobaça.
Segue-se uma sessão de esclarecimento em Casais de Sta Teresa.
Presentes estarão os 5 presidentes das juntas afectadas pelos traçados propostos pela RAVA.
Porque se considera que o povo tem de saber mais sobre o assunto para poder tomar uma posição, minimamente lúcida sobre este assunto, APELAMOS A TODOS OS INTERESSADOS EM PARTICIPAR E SEREM ESCLARECIDOS QUE APAREÇAM!

2007-10-19

foi rápido!

olá meus amigos
desta vez, sou portadora de boas noticias para todos quantos se deslocam à famácia, às juntas ou ao posto médico.
Lembram-se daquela rampa que servia de escorrega e que nos permitia ir do pelourinho até à estátua da padeira?
Pois os paralelos já foram levantados e vão ser recolocados de uma forma a não haverem mais pés partidos.
Devido à inclinação algo elevada vão ser colocados degraus suaves que permitem uma desaceleração na descida.
Provavelmente deverá deixar de haver circulação de veiculos automóveis naquela estrada. Ainda bem!
No meu entender, nem deveria ciecular nenhum carro dentro da vila - veja-se o caso de òbidos - circula-se a pé, tem um belissimo parque de estacionamento à entrada e , ao se circular a pé, acabamos por parar junto ao comércio local e comprar uma lembrancinha.
Bom, pelo menos estamos a começar a ver uma luz que nos permita pensarmos que se vão começar a arranjar os paralelos que têm originado tantas quedas.
Obrigado Senhores Presidentes

2007-10-17

Armadilha permanente

Não consigo encontrar outro termo para definir o estado dos paralelos das ruas de Aljubarrota.

È, realmente uma armadilha para as crianças e para as populações mais idosas da região.

Às vezes, dou comigo a pensar na batalha de Aljubarrota e na táctica do quadrado utilizada por D. Nuno e, não sei se esta táctica dos paralelos mal colocados não teria resolvido melhor o problema.

Talvez seja alguma táctica para afastar os “famosos talibãs” (citando palavras do nosso presidente Gonçalves Sapinho quando se referia aos turistas que nos visitam) e evitar a visita dos turistas a esta região. Será?

Talvez fosse bom saber-se que, as pessoas que sofrem acidentes por mau estado das estradas, passeios, etc, têm o direito de ser ressarcidas das despesas e dos problemas que advenham desta falta de zelo.

Contactados os presidentes de ambas as juntas e interpelados sobre o assunto, fomos informados que, durante o 4º quadro comunitário irão aparecer verbas para a requalificação da zona histórica de Aljubarrota. Bom e até lá, quantos mais braços e pernas se vão partir?

Faço um apelo ao Dr Sapinho – já que gastou 150 000 euros na promoção do mosteiro de Alcobaça, não teria para aí uns troquitos a mais que pudesse dar às nossas juntas para elas poderem zelar pelas suas populações? Ou,, tal não sendo possível, então, pedir ao Luís de Matos que fizesse uma magiazita para nos acertar os paralelos.

Vá lá, senhor presidente, nem que seja só por uma vez durante o seu mandato, faça alguma coisa por Aljubarrota, pode ser?

Muito obrigado

Cabe-me aqui agradecer ao presidente de S. Vicente o facto de, após ter sido alertado, pela notícia publicada no número anterior, sobre o mau estado de manutenção do parque infantil de Aljubarrota ter tomado a iniciativa de mandar limpar o mesmo, bem como cortar as sebes que estavam enormes.

Ficamos satisfeitos por, de alguma forma, podermos ter contribuído para melhorar alguma coisa na nossa vila. Obrigado!

Aljubarrota

Embora tenha uma população envelhecida e pareça permanecer no esquecimento da Câmara Municipal de Alcobaça, Aljubarrota, para além da lenda da padeira, é rica em monumentos históricos.

Eu sei que estamos em época de requalificação e que parte da nossa vila foi classificada como zona histórica mas, nem por isso podemos deixar de estar atentos aos monumentos e casas características que devemos preservar.

Não é só colocar um busto de homenagem a Eugénio dos Santos (cuja estátua ficou belíssima) – é preciso manter e preservar a casa onde nasceu e, essa fica bem na rua principal da nossa vila.

Por ignorância, ou por desconhecimento da preciosidade que esta casa representa (com as belíssimas janelas bem antigas), deu-se inicio às obras de restauro. Até aqui tudo bem mas, meus senhores, colocar alumínio nestas janelas?

Logo que fui alertada para o facto, dirigi-me ao presidente de junta de S. Vicente. Prontamente recebida, o autarca ouviu a mensagem e informou-me que já tinha dado conhecimento deste facto ao arquitecto da câmara, responsável por esta área em Aljubarrota.

De facto, no dia imediatamente a seguir, os fiscais compareceram no local. Se foi por este motivo ou por outro, não sabemos. Mas, o facto é que, os andaimes foram retirados.

Pronta actuação quer da junta de S. Vicente, quer da câmara municipal, esperemos que isto não fique por aqui e possamos constatar que vai ser reposta a janela mas sem alumínio.

2007-10-03

TGV - O QUE NÂO SE DIZ

A passagem do TGV pelo nosso concelho irá provocar imensos problemas de carácter social, económico, patrimonial e histórico.

Talvez seja tempo de vos dizer que existe um estudo de impacto ambiental, de cerca de 150 páginas, onde podemos encontrar alguns “pormenores” que a RAVE recebeu do Instituto do ambiente e Desenvolvimento, de entre os quais destaco algumas passagens:

  • “O ruído constitui um dos factores de qualidade ambiental em que o projecto terá um impacto negativo. Efectivamente, os cálculos efectuados (…) apontam para um aumento dos custos externos na categoria ruído associado ao CAV. (…) Identifica-se como principal condicionante existente, a densidade populacional presente no corredor do CAV.
  • Em 1990, (…) os traçados analisados apresentavam, ainda, potenciais implicações ambientais referentes aos aspectos ecológicos, hidrogeologicos e geotécnicos
  • Os efeitos aqui analisados são considerados permanentes, uma vez que a perturbação dos mesmos se faz sentir durante todo o tempo de vida do projecto.
  • É admissível que a região metropolitana de Lisboa se estenda desde Leiria a Setúbal, embora arcada por descontinuidades que se podem admitir ser resultantes de acidentes naturais (Serra d’Aire e Candeeiros e Vale do Tejo)”

Ora estas não são palavras minhas, fazem parte do estudo que acima referi mas, o estudo ainda nos diz mais:

“Tendo em linha de conta a análise da dinâmica urbana e territorial prevê-se que o efeito barreira do traçado irá provocar consequências negativas nos núcleos urbanos atravessados marginalmente relativamente aos seguintes aspectos:

  1. Alterações na estrutura do território, menores condições de atracção e de investimento
  2. Situações de estagnação/decréscimo populacional
  3. Aumento de desequilíbrios entre os núcleos atravessados marginalmente e os núcleos servidos pelas estações

Síntese:

1. Separação de núcleos urbanos consolidados, com alterações na dinâmica urbana e social existente, além de eventuais desequilíbrios funcionais

2. Fragmentação do território com as seguintes consequências: isolamento de núcleos existentes ou alteração das actuais dinâmicas de expansão urbana.

3. O atravessamento ou a proximidade da linha de alta velocidade às áreas classificadas poderá colocar em causa a susceptibilidade dos valores naturais (…) inviabilizando o objectivo que as norteia.

4. (…) Há que ter em atenção as questões ligadas à fragmentação do habitat.

5. A fragmentação do habitat é um aspecto a ter em conta sobretudo como efeito cumulativo.

6. O efeito barreira provocado por uma infra-estrutura de transporte linear limita a deslocação das espécies no território conduzindo à diminuição da diversidade genética das comunidades que ficam isoladas (função dos problemas de consanguinidade) o que terá reflexos a nível da biodiversidade, alem de outros efeitos indirectos como o ruído

Meus amigos, é isto que queremos para Alcobaça? Porque é que isto não nos foi dito antes? Terá de ser Alcobaça, mais uma vez massacrada em prol da imposição de alguns sobre a nossa qualidade de vida?

2007-10-02

Casal do Além

Tive conhecimento, em sessão pública de assembleia de freguesia, decorrida no dia 28 deste mês, por habitantes deste lugar, de um facto que me parece, de tal gravidade, que necessita de ser, aqui, divulgado.

Talvez, assim, possamos, modestamente, contribuir para alertar as entidades competentes.

Na Rua Principal deste casal (que liga à Ataíja) existe uma placa de sinalização (devidamente regulamentada) que proíbe a circulação a veículos com carga superior a 26 toneladas mas o que assistimos, diariamente, nesta via, é a circulação de veículos carregados com mais de 50 toneladas e a uma velocidade arrepiante.

Para além de estragarem o pavimento, não cumprirem os horários estabelecidos para o efeito e de provocarem o rebentamento das condutas, colocam em perigo os habitantes do lugar e os demais veículos que possam estar a circular na faixa contrária.

Como me parece lógico, este sinal não foi colocado neste local por mero capricho de alguém ou por se tratar de alguma obra de arte que deva embelezar o local! Deve ser respeitado o que nele está representado, pois visa evitar acidentes.

O facto é que, no dia 22 deste mês, perto da hora do almoço, um destes veículos, carregado de pedra se virou tendo, não só obstruído a via, como tendo, até, rebentado uma boca de incêndio existente no local.

Por sorte não houveram vítimas humanas, mas foi mesmo por sorte!

Ora, então, aqui vão os meus apelos:

  • Aos infractores: Por favor respeitem a sinalização existente no local e evitem acidentes desnecessários – lembrem-se que, um dia, pode vir alguém a circular, a pé ou noutra viatura e virem a ser vítimas do vosso desrespeito pelos outros
  • Às autoridades competentes: Com tantas operações stop, onde são utilizadas balanças para medir o peso das viaturas, ainda não tiveram um tempinho para realizar uma dessas operações nesta rua? Será que este local fica fora da vossa área de intervenção de fiscalização? Ou será que apenas não tinham conhecimento deste facto?

Bom, agora já têm conhecimento e POR FAVOR FAÇAM ALGUMA COISA! A população residente neste lugar tem direito a não viver, constantemente, em sobressalto!

2007-09-29

perguntas e respostas sobre o tgv em aljubarrota

Um dos elementos da assembleia municipal de Prazeres de Aljubarrota, Jorge Alves, bastante preocupado com a leitura que fez, quer dos mapas de traçado do TGV, quer pela leitura de 150 páginas do estudo de impacto ambiental deste projecto, questinou a RAVE, SA sobre alguns aspectos necessários ao esclarecimento das populações.
com sua autorização, passo a reproduzir as perguntas do Jorge e as respectivas respostas da RAVE:

1- qual o espaço em metros da largura de implantação da via?
R: o espaço para implantação da via é de 14 metros. no entanto, estima-se que a largura média de ocupação, entre vedações, seja de cerca de 40 metros, variável em função do desnivel entre a cota do terreno natural e a cota da plataforma a construir
2- qual irá ser a distância de segurança, independentemente do traçado escolhido, a partir da via?
R:o decreto-lei nº 276/2003, de 4 de novembro, estabelece as servidões e as restrições a que estão sujeitos os proprietários dos prédios confinantes do caminho-de-ferro ou seus vizinhos, nomeadamente, áreas non aedificandi que para linhas de veloci~dade de velocidade elevada, igual ou superior a 220 km/h, não poderão ser inferiores a 25m para além do limite do caminho-de-ferro. embora ainda não exista legislação para linhas de alta velocidade, admite-se que o valor indicado se possa manter

3- a quantos metros irá ficar a rede de protecção ao TGV, a partir da linha?
R: respondido no ponto 1
4- dentro da zona de segurança podem ficar as casas existentes e se serão impedidads novas construções?
R: na área non aedificandi, em geral, poderão manter-se as construções existentes, mas não serão permitidas novas construções
5- qual o raio no qual se estima ser a zona afectada a quando da construção da linha?
R: a zona afectada, a quando da construção da linha, deverá ser pouco superior à zona de ocupação a menos dos caminhos de acesso e das áreas destinadas a estaleiro ou depósito de materiais


Mais uma vez se pede à população de Aljubarrota o favor de se dirigir a qualquer das juntas de freguesia para ser informado sobre a forma de protesto a este projecto imposto por aqueles que só podem estar a tomar estas medidas e a aprovar este projectos por não conhecerem nem a zona nem o impacto negativo que este pode vir a ter nas nossas vidas futuras

TVG a destruir a vida das gentes de Aljubarrota

Até hoje, ainda não me tinha pronunciado sobre o TGV e sobre as linhas de passagem deste por Alcobaça.
Isto deve-se ao facto de, tal como a maior parte da população do concelho, não estar informada o suficiente, quer sobre os traçados possiveis, quer sobre os impactos negativos que isso iria ter para o nosso concelho e, em particular para as gentes de Aljubarrota.
Agora estou!

Meus amigos
Não sou filha de Aljubarrota mas adoptei-a e creio que, de alguma forma, esta terra também me adoptou e isso, dá-me legitimidade para defender as suas causas e dar, aqui, voz a centenas de pessoas que serão afectadas pela ambição cega de sair da cauda da Europa e de mostrar, lá fora, o que não conseguem mostrar cá dentro.

Vamos ser sérios e pensar no nosso país em primeiro lugar e deixar para segundo plano a "tentativa de ficar bem na fotografia da Europa".

Antes de vos dizer as razões que me levam a ser contra TODO E QUALQUER TRAÇADO que passe por Aljubarrota, deixem que vos lembre o seguinte: Aljubarrota e Alcobaça, em momentos dificeis e decisivos da nossa história, foi forte o suficiente para lutar pelos seus direitos e por Portugal - É HORA DE MOSTRAR QUE AINDA O SOMOS!

Ainda está na nossa mão, até ao dia 3 de outubro, mostrarmos a nossa discordância em relação à passagem do TGV nas nossas terras, nos traçados que nos foram impostos.
Tal como fizeram as nossas juntas de freguesia e hoje, a assembleia de freguesia de Prazeres de Aljubarrota (a assembleia da junta de S. Vicente só se realiza amanhã e do resultado desta, também vos darei conhecimento, em primeira mão), também nós podemos fazer alguma coisa por Alcobaça em geral e, por Aljubarrota em particular: mostrar por escrito, as razões da vossa indignação e discordância do projecto.

Posto isto, passo a enumerar alguns dos problemas que podem advir da passagem do TGV pelas nossas freguesias de Aljubarrota:
  • Muitas casas da Lagoa do Cão, Olheiros, Ataijas, Cadoiço, Casais de S. Teresa, Carvalhal, Casal do Rei, Moleanos, etc vão ser destruidas ou afectadas



  • vão ser expropriadas (e decerto nunca pelo justo valor) casas e terrenos a 90 m da passagem do tvg



  • as grutas históricas do carvalhal de aljubarrota vão estar em perigo e vamos deixar de poder estudar mais sobre a história , não só de Aljubarrota, mas da própria humanidade



  • a centenária capela de s. joão baptista, uma das mais antigas do país e classificada como património nacional vai sucumbir face ás escavações



  • zonas verdes, aves migratórias e o coração de oxigénio das nossas freguesias vão ser destruidas



  • a radiação vai acelerar problemas cancerigenos nas nossas populações



  • o impacto sonoro vai afectar até 150m da via



  • na Lagoa do Cão o tvg vai atravessar a única parte onde era possivel contruir ( a restante estava em pdm)



  • a economia da região, que se baseia em 80% (nada importante, pois não?), e que diz respeitoà extracção de pedra vai ser afectada



  • O concelho vai ficar dividido em 2



  • Quase 70% dos casais de S. Teresa vão ser destruidos

e mais irei divulgando sobre as razões que me levam a estar contra a passagem deste desnecessário investimento, consoante as informações técnicas me forem chegando.

Mas, não quero deixar de vos colocar algumas questões sobre o assunto, para irem pensando:

  • vale a pena fecharem-se escolas e maternidades por falta de verba para, depois, se gastar tanto dinheiro num transporte de alta velocidade?
  • a quem serve este tipo de transporte?
  • que lobbies estamos nós a ajudar?
  • vocês que passaram uma vida inteira a juntar um dinheirinho para, com suor, lágrimas e sofrimento, terem uma casita ou um pequeno terreno, vão deixar que, alguns senhores, com o rabo bem sentado numa cadeira do poder, vos tirem tudo o que vos custou a ganhar?

Meus amigos

se este meu artigo, vos chegou às vossas casa e vos indignou (como me indignou a mim e, note-se - a minha casa não é afectada!), então, por favor, dirijam-se à vossa junta de freguesia e lá, terão todas as informações que vos permitem lutar contra esta injustiça.

façam-no já na próxima segunda-feira, não deixem de lutar pelo que é vosso, ou... do vosso vizinho!

Não baixem os braços! Mostrem que PODEMOS REPETIR A HISTÓRIA DA PADEIRA DE ALJUBARROTA - TEMOS A FORÇA DA RAZÃO E NINGUÉM NOS PODE VENCER!


Vou deixar-vos com algumas imagens do Vale do Mogo (que retirei do blog http://ambialcobaca.blogspot.com/ ), onde Valdemar Rodrigues (Ph.D. em Engenharia do Ambiente (FCT/UNL);M.Sc em Ecologia, Gestão e Modelação dos Recursos Marinhos (IST/UTL);Engenheiro do Ambiente (OE nº 36575).) refere que a ribeira do Vale do Mogo como "um ecossistema tipicamente mediterrânico, único e de um enorme valor ecológico em termos de flora e fauna."









2007-09-19

Piscina em Aljubarrota?

Ora, aqui está mais um assunto que gostaria muito que não caísse no esquecimento das gentes de Aljubarrota.

Eu tenho um passatempo que me vai sendo muito útil: guardar todos os programas de campanha eleitoral dos mais diversos partidos políticos e de candidatos às freguesias do nosso concelho.

Um dia destes, lembrei-me de os reler e de tentar ver o que realmente foi cumprido, depois das promessas feitas e sabem o que descobri?

Que no programa a candidato do actual presidente de S. Vicente estava a promessa de uma piscina para Aljubarrota. Bom, então senhor presidente: esqueceu-se da promessa feita ou, simplesmente, prometeu o que sabia que não iria realizar. Ou estará a pensar ir adiando esta ideia (até porque nunca mais se ouviu falar nela!) como tem adiado outros projectos prometidos em campanha.

Teremos de desacreditar nos folhetos eleitorais depois de eles terem custado tanto dinheiro, ou vamos começar a prometer só o que realmente temos certezas de poder cumprir?

Parque infantil de Aljubarrota:

Gostava muito que todos dessem mais importância às necessidades das crianças.

Aljubarrota está a tornar-se uma vila envelhecida e sem grandes atractivos para que os mais novos ali se fixem e façam renascer a nossa histórica vila.

Desta vez, recebi algumas queixas sobre o estado a que deixaram chegar o nosso parque infantil.

Há um banco mal fixado e que pode colocar em perigo a integridade física das nossas crianças, as sebes foram crescendo e ninguém se lembra de as aparar, o lixo fixa-se no chão do parque e as nossas crianças têm de lidar com ele se quiserem brincar.

Ora demorou-se tanto tempo para fazer uma manutenção à estátua da padeira que, agora que se fez, não sobrou alguns eurozitos para a manutenção do parque infantil?

Com que moral vamos pedir às nossas crianças para, no futuro serem zelosas e asseadas se, agora, que estão exactamente no período da sua formação lhes é dado este exemplo?

Parque de merendas da Cumeira

Ora que satisfeita que fiquei quando percebi que, finalmente, se tinha feito algo de útil para o povo na freguesia de S. Vicente – o parque das merendas da Cumeira.

Mas, para além de pouca informação sobre aquele parque, podemos ainda ver, como atractivo chamatório, os contentores e os eco pontos sempre cheios de lixo e, à sua volta, ainda podemos ver autênticos cemitérios de móveis velhos.

Bom, vamos tratar de resolver estes assuntos e mostrar a todos quantos passam por lá que o parque é aprazível e necessário?

2007-09-17

de volta!

Depois de umas fériazitas, aqui estou de volta ás minhas noticias e ás minhas criticas.
Fiquei muito sensibilizada quando percebi que, quer aqui, quer nos artigos que escrevo ,regularmente, no jornal "O Alcoa", sentiram a minha falta.
Obrigado amigos (e os que o não são!)!
Aliás, houve quem perguntásse a uma figura da politica de Aljubarrota se já me tinha conseguido calar ao que, essa figura respondeu que "me tinham dado um cheirinho".
Ora aqui fica uma promessa a todos quantos me lêem - Eu não me calo com cheirinhos (que, aliás não recebi!).
A esse cavalheiro tenho apenas uma coisa a dizer-lhe - estará a falar dos cheirinhos que provêm da única parte vísivel do parque das merendas da Cumeira? estou a falar, é claro, dos contentores cheios de móveis e de lixo que se encontram nesse parque e das respectivas casas de banho!
Ou, estará, por outro lado, a referir-se ao cheirinho daquela piscina que, na última campanha eleitoral, prometeu fazer aparecer em Aljubarrota e que nunca ninguém viu? - deve vir no TGV!...
Sabe, quer parecer que, alguns politicos laranja até são bons discipulos do seu mestre local : prometem muito, vão às festas todas mas, quando toca a trabalhar... têm a mão inchada!
Estou a mentir? Não me parece!
Onde estaria este cavalheiro quando, em Agosto, todas as gentes de Aljubarrota andavam numa lufa-lufa a organizar e a preparar a medieval?
Talvez, descansadamente, de férias em Espanha...
ou, talvez a preparar o discurso na inauguração de algum evento para o qual nada trabalhou.... ou, a preparar algum cheirinho que nunca chegou a oferecer a ninguém!....
Ai S. Vicente, S. Vicente.... a que mãos foste tu parar!?...

2007-08-17

Aljubarrota medieval 2007

A nossa vila esteve em festa no período de 12 a 15 de Agosto.



Foi mais uma comemoração da célebre batalha de Aljubarrota , que se travou há 622 anos, nos campos dos concelhos da Batalha, Porto de Mós e Alcobaça

Com grande pena minha, ainda não foi este ano, que os 3 se juntaram para comemorar tão importante data para o povo português - talvez para o ano!


Mas Aljubarrota não deixou de comemorar.

Mobilizou todas as suas gentes, juntou esforços e lá estiveram todos a fazer desta festa, uma festa de todos os portugueses para todos os cidadãos do mundo que nos deram a honra da sua presença.











Muitos foram os artesãos que lá trabalharam ao vivo e que brindaram os visitantes com a sua sabedoria, engenho e arte.







As juntas de freguesia de Prazeres e de s. Vicente, a Cma e a população homenagearam a padeira de Aljubarrota e D. Nuno Álvares Pereira com coroas de flores depositadas durante o desfile do dia 14:




Não posso deixar de agradecer a presença constante do presidente da junta de freguesia de Prazeres de Aljubarrota que deu toda a assistência e contributo (e muitas horas roubadas ao seu merecido descanso) a todos os participantes, visitantes e trabalhadores desta feira. è, efectivamente, esta a imagem de um homem de trabalho e de empenho perante os que lutam por Aljubarrota - obrigado senhor Presidente!

Mais uma vez contámos com a alegre e muito profissional presença da Ordem da Cavalaria do Sagrado Portugal (que esperamos voltar a ver por cá em 2008) e dos artistas que os acompanharam

Pessoalmente, tenho que lhes agradecer o empenho que dedicaram á nossa vila recreando partes da nossa época medieval.




Não pude deixar de estranhar o facto de não estarem presentes os "Pifaradas e zabumbadas" da Serra da Estrela que, em 2006 nos brindaram com a sua arte e com com a sua boa disposição.






Espero que os voltem a contratar em 2008 porque eles deram mostras de serem uma mais-valia para a nossa feira medieval, como podemos recordar nesta foto:

Vou deixar-vos com algumas das fotos da feira, agradecendo, desde já, a presença de todos quantos nos visitaram e que contribuiram para o sucesso do evento.

Aos que não puderam vir este ano: espero encontrar-vos cá em 2008 - combinado?















2007-06-27

vereadora do ps em Aljubarrota

Meus amigos, finalmente, alguém se apercebeu de algo que.. salta à vista: a falta de iniciativas da junta de S. Vicente.

A freguesia foi visitada pela vereadora municipal eleita pelo PS.

Ela conseguiu ver a falta de passeios, a má condição das estradas, os problemas de acessos de idosos e deficientes ao posto de correios e aos serviços da junta.

Pois, também não podia ver mais! Durante todo o tempo que a freguesia está entregue a este elenco apenas se fez um parque de merendas (belíssimo mas mal divulgado).

Os sinais desbotados, a sinalização mal colocada, os buracos nas estradas (lembram-se de um buraco de que vos falei em frente ao campo da bola de Aljubarrota? Foi arranjado (?!) quando o Dr Cavaco nos visitou mas, foi tão bem arranjado que já está na mesma – Vamos pedir ao Dr Cavaco que volte?), os paralelos levantados, etc

Não é que eu tenha esperança que, da visita da vereadora surja um milagre que faça o sr presidente fazer alguma coisa pela freguesia que o elegeu .

Acho que temos de pedir ao Luís de Matos que visite S. Vicente e faça uma magia…

Lúcia Duarte

2007-06-21

nomeações

é a minha vez de nomear os blogs que vão encontrar as sete mais "figuras aberrantes da nossa politica de Alcobaça.
Vou nomear:
Terra de paixão
alcobaça e não só - no sapo
s.martinho

aceitam?

e aqui ficam os meus 7 candidatos:
Luis de matos - já lhe deram um pelouro na Cma, não deram?
Presidente da junta de S. Vicente de Aljubarrota
Presidente da junta de freguesia de S. Martinho do Porto
Presidente da junta de freguesia de Alcobaça
vereadora da cultura da câmara municipal
Vereador Bonifácio
presidente da assembleia municipal.

ah, e já agora, desculpem este á parte - como podem ver não nomeei o dr sapinho! nem vale a pena, pois não? Acho que ele nem sequer é politico e, nem sei mesmo se é licenciado (como o outro....) - mas nem vamos falar nisso! vamos é colocar os blogguers a mexer

2007-05-27

Aljubarrota vista por Salazar

para os que me conhecem a minha posição sobre Salazar não é desconhecida.
mas, para os que não me conhecem, aqui fica a minha opinião:

Salazar foi um dos melhores gestores de que reza a história. consolidou as nossas finanças (embora à custa de muitas mortes nas guerras de áfrica)e deixou imenso dinheiro nos cofres de Estado (que serviu para ser esbanjado logo após o 25 de Abril)mas que fechou Portugal ao avanço cultural e tecnológico.

a parte negra (e muito negra) foi a censura, a policia politica e as atrocidades que se faziam em nome do estado novo a quem se atrevesse a pensar de um modo diferente.

Bom, vou ser sincera, tirando as torturas, isto em 3 décadas não mudou muito...

mas só vos digo isto porque encontrei um artigo de Salazar sobre Aljubarrota que gostava de partilhar convosco:


COMEMORAÇÃO DE ALJUBARROTA
«Em 14 de Agosto de 1935 — há portanto 550 anos — foi travada entre portugueses e castelhanos a batalha de Aljubarrota, não muito longe do sítio onde hoje se admiram a igreja e convento da Batalha, erguidos em convento da Batalha, erguidos em comemoração da vitória.

A desproporção das forças em presença — 7.000 portugueses para mais de 30.000 inimigos — o fulminante da vitória, as pesadíssimas perdas infligidas aos castelhanos, mas perdas infligidas aos castelhanos, a fuga do rei de Castela, a maneira como foi conduzida a batalha sob o aspecto puramente militar por esse extraordinário generalíssimo, e assombroso de misticismo religioso e de génio guerreiro, que se chamou D. Nuno Álvares Pereira, fazem de Aljubarrota o ponto central da longa guerra havida com Castela e a vitória mais representativa do esforço de nossos avós pela independência de Portugal.

Esta é a primeira e grande liberdade por que se bateram então.
A crise de pensamento e de consciência que na passagem da primeira para a segunda dinastia atormentou os portugueses, os perigos que afrontaram, as fomes e pestes que sofreram, as lutas em que se empenharam só para manter o direito de não serem governados por outros e vincar a aspiração de continuar o seu rumo histórico sem sujeição a rei estrangeiro, gravaram para sempre Aljubarrota no espírito da Nação e fizeram desta data a verdadeira festa da independência.

Passaram sobre o acontecimento alguns séculos que não foram sempre de paz e concórdia na península.

Novas dificuldades de sucessão no trono português trouxeram o domínio dos Filipes e contra ele as longas guerras da restauração. Sobre estas mesmas também já passaram séculos.

Era ridículo ter alimentado nos corações os rancores nascidos nas batalhas: por isso Aljubarrota, Atoleiros, Valverde, com três séculos mais tarde Montijo, Ameixial, as linhas de Elvas, Montes Claros são vitórias mas não já gritos de ódio, não são hoje contra ninguém, são para nós mesmos.

E parece que assim mesmo deveria ser.

Podemos orgulhar-nos de sermos na Europa o único país cujas fronteiras se podem dizer imutáveis desde há séculos; é, de facto curioso!
Uma vez talhada pelos primeiros reis na faixa atlântica, nem mesmo se notou nunca a preocupação de alargar na península as fronteiras da Pátria.

Ia noutra direcção a força expansiva da raça, o seu génio descobridor e de colonização: pelo Atlântico, pelo Índico se expandiu o povo português, descobriu as terras e os mares, abriu aos outros povos novos mundos, levando e deixando por toda
a parte o traço característico da sua dominação — o humanitarismo da sua
alma latina, o apostolado da sua civilização cristã.

Por outro lado, a Espanha seguiu também o seu curso, ora paralelo ora concorrente, ergueu a sua história no nível dos grandes heroísmos e façanhas, fez na América Central e do Sul, afora o Brasil, poderosas nações, filhas do seu sangue e do seu catolicismo.
Não precisara de nós e só contra nós não pudera nunca ter razão.

Estamos em face de um imperativo histórico, contra o qual têm lutado debalde os derrotistas, os acomodatícios, os filósofos d`aquém e d`além fronteiras. Estes têm o direito de, raciocinando sobre abstracções, classificar de erro o que os séculos impuseram e a nossa vontade inabalável se sente obrigada a manter.

Como sempre esta vontade não é nem tem de ser a de todos ou cada um dos portugueses, mas a que se desentranha da massa da Nação.

Antes e depois de Aljubarrota havia portugueses partidários do rei de Castela, e o
próprio D. Nuno Álvares Pereira sentiria alanceado o coração de saber irmãos
seus lutando pelo rei estrangeiro.

Em 1580, em 1640 também nos dividimos: membros do clero e da nobreza foram vítimas da dificuldade de ver claro em certos transes históricos, sobretudo se interesses elevados de qualquer ordem começam pesando na balança dos juízos, e a empecer as deliberações a que trazem em seu seio riscos da vida e da fortuna.

Mas os que, tendo à frente Álvaro Pais, quiseram que D.João, Mestre de Aviz, fosse proclamado «regedor e defensor do reino»; os que seguiram D. António, Prior do Crato; os que apoiaram e fizeram valer o grito dos fidalgos conspiradores da independência, em 1640, tiraram do seu mesmo desinteresse aquela clara visão do imperativo nacional que irresistivelmente os levou a esquecer a desproporção das forças e dos meios, os perigos da aventura e os benefícios que puderam usufruir de outras soluções.

Não há dúvida de que, homens de escol nas letras, na política, nas armas o guiaram para as resoluções e vitórias definitivas, mas é preciso crer, em face de tais exemplos, que o povo é pela simplicidade da sua alma e espontaneidade dos seus sentimentos, a fonte sempre viva do nosso nacionalismo.

Que importa que no presente momento histórico não seja igualmente vista por muitos a necessidade e grandeza da obra nacionalizadora em marcha, se o povo tem a intuição duma época decisiva da nossa vida e de que por este caminho se retoma o velho rumo da história pátria!?

Eis porque se pensou que a festa de hoje deveria ter o cunho de festa popular.
Festa popular e festa de mocidade. Nuno Álvares tinha vinte e três anos quando da revolução em Lisboa, e 25 em Aljubarrota; D. João I, 25 ao ser proclamado defensor do reino e 27 na segunda daquelas datas. O estado maior do Condestável eram rapazes de pouca idade, com o espírito aventuroso e irrequieto dos jovens, insofridos nas pelejas, mas obedecendo cegamente ao chefe. Com estes se fez a campanha e se assegurou a independência de Portugal.

Hoje como então se exige espírito novo para fazer a revolução nacional o espírito novo é mais fácil encontrá-lo em novos que em velhos, ainda que haja velhos com mocidade de espírito e moços gastos por interesses e preocupações que não costumam ser da sua idade. É, porém, essencial que o espírito da mocidade seja por nós formado no sentido da vocação histórica de Portugal com os exemplos de que é fecunda a História, exemplos de sacrifício, patriotismo, desinteresse, abnegação, valentia, sentimento da dignidade própria, respeito absoluto pela alheia.

Facto cheio de ensinamentos é o comemorado hoje: homens que sirvam de exemplo para a nossa formação esses que, à volta de D. João I e do Condestável, maravilha não lhes tocaram nem os puderam diminuir. Sobretudo esse Condestável D. Nuno, depois Frei Nuno de Santa Maria, guerreiro e monge, chefe em maus anos seus bens pelos mesmos que derrotara em batalhas para que não mandassem na sua terra, erguido sua valentia no altar de Pátria como a Igreja o havia de erguer pelas suas virtudes nos altares da fé, cheio de honras e riquezas e enterrado em vida no Convento do Carmo, na dura estamenha de frade, quando depois de Ceuta lhe pareceu já não ser necessária a espada para defesa da Pátria, mas disposto de novo a vestir as armas se el-Rei de Castela a alguma vez tentasse invadir Portugal.

Por estes motivos os sítios de Aljubarrota e a Batalha devem ser os lugares de entre os eleitos para as grandes peregrinações patrióticas, e eu quisera que no próximo ano ali acorressem de todos os cantos de Portugal, milhares, centos de milhares de portugueses de hoje, sobretudo a juventude, para vivificar e robustecer ao calor dum passado heróico a sua devoção patriótica.
E, visitados os campos da luta, entrariam, devotadamente na igreja do Convento da Batalha que, ao contrário da do Escurial de Filipe II, lúgubre e apropriada para as exéquias dum grande rei, é clara e triunfal, como se não fosse feita para a oração de todos os dias mas apenas para o solene Te Deum das grandes e magníficas vitórias.

Nunca passo ali, mesmo apertado pela estreiteza do tempo, que não me sinta obrigado a parar, a entrar e pisando a campa rasa do Rei de boa memória e parece ainda guardá-lo na morte, penetrar comovido na capela do Fundador.

Aí se encontram os restos mortais de D. João I e da rainha D. Filipa de Lencastre, e à roda a «ínclita geração de altos infantes»; ali repousam os que consolidaram a independência de Portugal, se assentaram as bases da sua grandeza futura.

14 VIII 1935.

Oliveira Salazar»
In A Voz, n.º 3048, págs. 1/8, 15.08.1935.

Inauguração do posto de atendimento dos Ctt em Aljubarrota 20 Maio 2008

Homenagem a Luis da Graça

Inauguração da estátua do cabouqueiro